ENTREVISTA – Presidente Roseane Zanetti faz balanço e fala de planos para o segundo mandato

Em Assembleia Geral realizada em 27 de fevereiro de 2021, tomaram posse os integrantes da diretoria e do Conselho Fiscal da Federação Paulista de Ginástica (FPG) para o ciclo 2021-2024. Roseane Nabarrete Zanetti é a presidente e Sandra Soares, a vice-presidente, ambas reeleitas. Integram o Conselho Fiscal: Ligia Taliberti de Andrade, Edgar da Nóbrega Gomes e Sonia Fabiani Puccia, tendo como suplentes Simone Cristina Brandt de Almeida Chiste e Wlamir Pontedura.

“Quero agradecer a confiança e a colaboração de todos. Eu abracei a ginástica há muitos anos e quando ela entra no sangue da gente não tem jeito, é para sempre”, afirmou Roseane, que tem, entre os seus principais pontos para o novo mandato, “trazer mais crianças para a modalidade”, com mais competições para as menores faixas etárias.

Sandra, que estava num curso de Ginástica Rítmica, sua área, no Espírito Santo, mandou um vídeo. “Quero agradecer a confiança da Roseane e de todos os filiados que escolheram a gente. E dizer que vamos continuar mais um ciclo com muita dedicação, trabalhando juntos pela ginástica de São Paulo.”

Também foram analisadas e aprovadas as contas da FPG de 2020 e o novo orçamento para 2021. “Apesar das dificuldades – com alguns licenciamentos e algumas desfiliações – e da ausência de competições – que também são uma fonte de receita para a FPG –, conseguimos administrar e terminamos o ano com dinheiro em caixa e ainda conseguindo dar bônus aos clubes e entidades na anuidade de 2021”, afirmou Roseane. “Estamos muito ansiosos pela volta das competições em 2021, mas claro que dependemos das vacinas, da liberação das autoridades e temos de seguir o Plano São Paulo”, acrescentou.

Confira a seguir a entrevista com a presidente da FPG, Roseane Nabarrete Zanetti:

Você falou em trazer mais crianças para a modalidade. Quais os planos para que isto ocorra?

Roseane – A base está no Troféu São Paulo e vamos ampliar o Troféu para as crianças começarem a sentir o gosto da competição. Vamos trabalhar para trazer as crianças desde a categoria baby, a partir dos 5, 6 anos – é uma competição muito bonita nesta faixa etária e que atrai familiares também. A ginástica é um esporte em que se começa cedo. E é um esporte que vai mudando – hoje o atleta faz uma estrela, amanhã tem de fazer uma estrela e um espacate… tem de ir aumentando, evoluindo. A base trabalha assim e ter a competição para cada momento é importante para a criança evoluir. O Troféu é a porta de entrada e pega toda a base, filiados e vinculados, todo mundo. É isso o que a gente quer. O esporte é uma saída, um meio de a criança não ficar ociosa, uma forma de tirar a criança do celular, do computador e de frente da televisão – meus filhos sempre fizeram atividade física nas brincadeiras e fizeram esporte. Também temos meninos na ginástica rítmica no plano estadual, o que ainda não tem no Brasil, mas em São Paulo temos meninos competindo o Troféu e queremos que isso continue.

E o calendário de 2021?

Roseane – São Paulo se candidatou para realizar alguns campeonatos nacionais, competições da Confederação Brasileira de Ginástica, mas também tem o seu calendário. A princípio, as competições, pelo menos as primeiras do ano, serão realizadas sem a presença de público. E tudo também depende da chegada das vacinas e da pandemia da COVID-19 – algumas etapas de Copa do Mundo que seriam neste início de ano já foram canceladas. Teoricamente, faremos o calendário de competições, mas tudo depende da pandemia. O Campeonato Estadual de Trampolim, no Club Athletico Paulistano, em maio, deve abrir o calendário. Nossa esperança é fazer a competição, com máscara, restrição de público e todos os cuidados, em parceria com o Paulistano.

Como foi o seu sentimento em relação a 2020 e a total ausência do calendário, já que a ginástica parou no Brasil e em São Paulo?

Roseane – É um sentimento muito ruim. Estávamos acostumadas com aquela agitação, aquela correria de competições… É cansativo? É, mas é muito gratificante, muito gostoso. Estamos sentindo a falta de competições, e as crianças, os ginastas, também estão sentindo muita falta. Queremos estar dentro do ginásio, fazendo a competição e vendo a evolução dos ginastas. Está fazendo falta, e 2020 foi muito frustrante. Fizemos a ginástica rítmica pela internet, de forma virtual, mas nada como fazer ao vivo.

Que balanço você faz da sua primeira gestão?

Roseane – Avançamos muito do ponto de vista da gestão administrativa e financeira – não temos muitos recursos, mas têm sido gerenciados. Compramos equipamentos – e ainda precisamos comprar mais algumas coisas –, fizemos o gerenciador, organizamos, temos Assessoria de Imprensa e Assessoria Jurídica, funcionários que se empenham no trabalho. Modernizamos. Recebemos vários elogios e mais filiados no início da gestão – na pandemia, é verdade, perdemos alguns filiados por causa da paralisação das atividades. Mas ainda assim temos mais filiados do que quando assumimos. Temos a valorização do nosso trabalho e queremos sempre a parceria com os clubes e as entidades filiadas para o desenvolvimento da ginástica, nas ideias, na gestão, nas competições.

Você tem uma preocupação em dar bônus aos filiados, em trazer para ser parceiro em competições?

Roseane – Todo começo de ano, quando fazemos o calendário, pedimos aos filiados que se apresentem como sede de competições. A ideia é não ficar concentrado apenas em São Paulo capital, mas levar a ginástica também para o Interior. Fizemos muita coisa em São Bernardo do Campo, que foi muito parceiro da FPG, em 2019, principalmente. Se o filiado não consegue pagar a anuidade a gente conversa, parcela, busca alternativas. Sempre procuramos ajudar o filiado porque estamos na mesma situação. Estamos abertos ao diálogo, a sugestões e parcerias. A FPG está aberta a todos. Até 2024 a briga é para seguir melhorando, na esperança de que essa pandemia logo acabe.

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